quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

a (dupla) maternidade

    Eu e a Rita temos partilhado sistematicamente, desde 2010, as nossas inquietações, dúvidas, alegrias, aflições, experiências e já não sei quantas coisas mais, desde que ambas fomos mães pela primeira vez nesse ano. A nossa amizade cresceu na partilha e, dos gostos artísticos comuns, rapidamente descobrimos que ambas nos sentíamos atraídas por outro tipo de atividades e interesses também comuns. Daí até agora temos aprendido muito uma com a outra.
    Durante a gravidez comentávamos os nossos estados, a progressão dos bebés, os exames realizados, a alimentação que fazíamos, a atividade física e as alegrias e espectativas da primeira gravidez. Usamos livros comuns e aprendemos como tratar dos nossos bebés partilhando.
    Em 2012 tivemos, coincidentemente, a segunda filha! Sim, porque ambas temos duas meninas! E quando pensávamos que a experiência viria aligeirar algumas questões, e que tudo seria mais simples fomos surpreendidas por outras! E, mais uma vez, recorremos uma à outra para desabafarmos!
    Ter duas crianças tão pequeninas é, em algumas situações, muito dificil. Quando digo que é dificil não falo tanto das questões práticas e rotineiras do dia a dia, mas da forma como nos sentimos nos primeiros tempos relativamente à filha mais velha, por um lado, e ao bebé, por outro. Temos vontade de voltar a estar só com a filha mais velha mas, a seguir, ficamos inquietas relativamente ao bebé que queremos muito proteger e ter connosco. O tempo ajuda-nos a gerir melhor este conflito, pelo menos apazigua-nos mais, mas as dúvidas e as angústias que sentimos sobre a melhor forma de tratar das nossas filhas permanece.
    Entre as preocupações e a felicidade de sermos mães lá vamos trocando receitas de papas de aveia para estimular a produção de leite, experimentamos sopas, espreitamos o mundo - porque existe mais mundo para além do nosso - e comentamos peripécias!  

1 comentário: